Para muitas pessoas, é difícil imaginar que existam algumas cores que nós seres humanos não consigamos enxergar. Assim como acontece com quem sofre de daltonismos e acromatopsia, nossos olhos mesmo em indivíduos saudáveis são ainda limitados em uma faixa intermediária específica do espectro de radiação eletromagnética (comumente chamado de luz). Essa limitação nos permite enxergar as cores do vermelho até o violeta, então por muitos séculos, acreditou-se que só existiam as cores visíveis ao decompor da luz solar em um prisma. Contudo em 1800 durante um experimento para tentar medir a variação de temperatura em cada faixa de cor decomposta também em um prisma, o astrônomo e compositor alemão chamado William Herschel notou que a maior temperatura estava logo após a faixa de cor vermelha. Com isso ele conseguiu provar que cada cor infligia um acréscimo maior de temperatura nós objetos conforme se caminha para o vermelho e que havia após este ainda uma faixa que não era visível aos humanos.
Batizada posteriormente de Infravermelho, essa faixa de luz vem sendo utilizada com grande frequência nos sensores e câmeras com visão noturna, e para explicamos adequadamente vamos separá-los nos próximos parágrafos a seguir:
Câmera com IR – facilmente identificada por conter alguns de LEDs em volta ou próximo da lente que acenderá como pontos vermelhos aparentemente fracos quando o ambiente estiver com pouca luz, esses LEDs emitem uma quantidade elevada de luz infravermelha suficiente para que seja refletida de volta pelos objetos e ambiente que estão no escuro. Os sensores da lente da câmera captam esses reflexos e por definição converte em vídeos na escala de cinza (conhecida como imagem em preto e branco). Com isso, essa não tão nova tecnologia nos possibilita vigiar ambientes com pouca ou nenhuma luz economizando energia com iluminação constante e surpreendendo possíveis indivíduos invasores.
Sensores de barreira IR – são equipamentos que emitem e recebem feixes de luz infravermelha, de forma linear ou por reflexão e acionam um alarme ou comando eletrônico quando seu feixe é interrompido. E por ser uma luz invisível podem ser utilizados em muros e portões para detectar invasores sem que eles percebam, e também ser utilizado para a automatização de fechamento de cancelas e portões motorizados somente após a passagem dos veículos, evitando ao mesmo tempo possíveis acidentes de esmagamento com acionamento manual ou temporizado.
Sensor de presença passivo – como o próprio nome diz, esse aparelho trabalha de forma passiva, ou seja, não emite luz infravermelha, apenas a recebe. E pelas variações percebidas pode atuar sobre circuitos de controle de abertura de portas e de acionamento de iluminação. Contudo pode-se imagina que o mesmo funcionaria apenas em ambientes iluminados, porém outra descoberta sobre a luz infravermelha explica funcionamento de detectores como esse. A faixa do espectro do IR está associada ao calor como foi demonstrado no experimento de Herschel, mas não só na transmissão, há também uma relação direta com a geração do calor. Partículas, átomos e moléculas vibram mais ou menos conforme as diferenças de temperatura, e essas vibrações emitem luz infravermelha de baixa intensidade que é detectada pelos sensores, notando assim movimento ou presença de um objeto e pessoa que não estavam no local monitorado anteriormente.
Eng. Maiconl Carvalho